que apague
propague que
rasgue
vous
o que ás vezes me aparece
de leve
é de repente
pelo que repele
a pele
a gente
olho os teus
ao lado dos meus
você não está
lá
onde o vento tantas vezes
fez tuas curvas
ali
onde a ausência inspiradora
me encurvou
e aguçou
para não preterir o meu desejo
beijo
segregação por aquilo que não
acontece
prece
clandestino
o meu amor desfaleceu...
(vous n'existez pas)
Um comentário:
As coisas que não existem são mais bonitas, diria Manoel de Barros;
a melhor saída é não existirmos de todo, ou fazê-las existirem nos poemas ;P
Ótimo poema, gostei muito da sutileza dele à língua: um verso traz o outro pelo mão.
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