quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Celina

Deixe-a passar, eu diria.
Deixe-a partir para além
Do que eu posso dedicar a ela como presente
Como a fita de um cabelo solto
Como a carnificina que impera no poder.

E se ela quiser e puder voltar
Deixe-a saltitante escolher
Entre o ir e vir quantas vezes quiser
Que a liberdade da qual ela é dotada
Fará desse amor sempre um mérito
E um demérito qualquer possessão

Deixe-a passar
Deixe-a ficar
E deixe que ela saiba que se outros amores forem necessários
e serão
Que ela seja feliz

Deixe-a passar
que o essencial é o que fica.
Deixe-a assim ficar e partir
Que é de partes que o todo será feito e desfeito
Quantas vezes o puderem ser............

2 comentários:

Anônimo disse...

"Deixe-a passar que o essencial é o que fica."

com ctza!

Andréa Beníccio disse...

Nossa, que lindo!
Não gosto muito de comentários monossilábicos, mas fiquei sem palavras...
...A expressão pura do amar livremente.

Aplausos emocionados,