quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Confissão XX

(ou do bem)

Meu bem,
seja o bem do mundo
de ti
das tuas crenças
do teu trabalho
dos teus freios necessários
seja o bem dos armários
e dos seres todos do mar...

Pois insisto e acerto
e promessa alguma garante o incerto
e ao meu desejo é permitido libertar...

Saravá!
Que não hajam limites que não sejam claros,
permanência que não seja voluntária
imanência que não se possa abstrair...
E ao seguir
que o silêncio nunca seja atropelado
nem o incenso aceso um incendiário
pois o meu corpo, mais teimoso do que eu
re-clama:
Ele quer o teu cheiro
tua mão na cintura (que é a coisa mais linda)
quer o teu cabelo solto
tua boca doce
teus olhinhos pequenos
tua curvinha nas costas
teus pés quentes ou gelados
tua nuca
(arrepios)
gemidos
sustos
gestos...
e um suspiro no final.

Afinal, querer é matéria nossa
"estamos aqui pra ensinar"
e apreender.

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