Importa um dos cinco dedos, de um dos pés
para dizer que importa saber de cada parte
de cada sílaba
e cada letra de cada nome citado
e cada vírgula de silêncio reverenciado.
Importa dizer que o teu rosto inspira amanheceres.
Importa dizer que são várias cores envoltas em “vocêres”
que os lábios se espelham
que os olhos se envergam
que o nariz confessa, ao cheirar...
Importa o cheiro de suor impregnado no lençol.
Importa a espessura, a largura, o comprimento (e o cumprimento).
Importa o aconchego espertado
o abraço sem jeito, apertado.
Importa falar demais.
Importa saber se é “bom dia”
se é vazia a intenção.
Importa perceber quantas vias de regras poderíamos romper... e não saber.
Importa esquecer para lembrar.
Importa esperar... res-pirar... res-peitar.
Para que o versejo não seja de todo perdido.
Para que partida alguma perca seu sentido.
Para que hajam gritos e silêncios pontuais.
Para que não sejamos apenas “mais”, mas sejamos “mas”, no campo das possibilidades.
Para o nosso passo ser um misto de orgasmo e gratidão.
Pelo tempo, pelo movimento, pela sensatez.
Por nossos amores, por nossos clamores e contradições (confusões).
Nenhum comentário:
Postar um comentário