domingo, 30 de março de 2014

Cantiga da multidão de dentro

Caindo água do céu, morena
- é tão sublime o dizer -
é o segredo da terra encantar
como o não conhecer
e no minuto fatal, estar lá...
eis o ponto:
Abraça
a já muito querida companheira,
celebra a luta
lamenta o amor...
Todos os dias são dias demais para se contar.
Todo recomeço é cheio de esperas
e alguns indícios:
- há algo de novo surgindo na multidão de dentro.
São ideias que se bastam em realidades
são saberes que se negam ampliando-se ao azul.
É um riso não familiar,
é uma silhueta que se complementa insone,
um beijo que se estranha,
a indignação que se reivindica sã.
A totalidade serena se empolga
marca hora de voltar
e perde-se no tempo.
Aceita,
chama,
cala,
fragmenta,
levanta-se e é o fim:


- há algo de novo sorrindo na multidão por dentro.

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