quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Confissão I

“minhas duas pernas são meus olhos” *

uma mísera farpa
uma farsa
me enfarta
mulher... (mujer?)
que homem?
teu nome?
tu some
teu ar sorrateiro
me consome
abdômen
cochas
alças
sutiã...
bojo
matéria
clã
visão.

volta do Iraque, do abate, das falésias
me empresta a invasão que o teu colo sorri,
sorri!

me convence
outra vez
me invente
me sente
inocente
sente?
eu quero seguir...
como da única vez de verdade
como da primeira tez, de saudade
confessa-me nada saber
meu querer...
perecer
conter
esvaecer
ser
ler...

(e se em outras cochas tropecei, e se por outras bocas bocejei, se por outras nucas passeei, não me leve à mal, foi por teu sabor e a fadiga, e pela falta de sentido da distância... e pela instância do "eu sinto", é do "eu nunca" que falhei, e eu nunca faria alguma coisa sutil, se soubesse da sua elegia e fantasia... não saber, mais que não querer, e eu quero, e não sei... tudo na mesma proporção, douce... sweet... süß... tatlı, compreende, leu ou morreu (de rir)?)

foi dormir...

* sequestrei a frase, sem permissão prévia, do blog http://poesiaestrada.blogspot.com de um Jorge... =)

Um comentário:

Jorge Luan disse...

daquelas linhas que a gente fica feliz em ter lido. o texto entre os parênteses é sublime.

permissão sempre concedida para você.