sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Mesmo na apatia

Em resposta ao poema "Solidão coletiva?" de Fernanda Rodrigues, em seu blog: http://serafernanda.blogspot.com/

Há o que resgatar? Será que não estamos lutando em vão por uma causa perdida? Será que a causa, mesmo sendo a mesma que movimentou multidões ao longo da história, não necessita de uma nova motivação, uma nova roupagem, uma "nova luta"? Não seria esse novo "antropocentrismo" que você sutilmente aponta e critica o sintoma de que os coletivos tal como se apresentam não conferem mais as necessidades do caos que é a sociedade atual? São apenas questões minha cara... são questões, nada mais... Vamos pensar que o futuro é conseqüência do presente, e dessa forma, não nos deixemos abater pela desesperança, nem tampouco nos agarremos a esperança como a substância última da nossa existência. É preciso compreender a emergência do presente, do que agora nos aparece a olho nu, para lançar olhar adiante, sem medo, sem desespero. Até as grandes guerras que já aconteceram no mundo contribuíram para coisas que hoje não são tão ruins (informática, progresso das ciências, avanços tecnológicos de um modo geral), quem sabe essa apatia que paira sobre as cabeças dos indivíduos dessa nossa contemporaneidade possa trazer frutos ainda maiores do que as "grandes revoluções barulhentas" ou as "grandes batalhas". Quiçá a vida continue a nos surpreender e a história a nos ensinar a não se espelhar apenas no passado, mas a viver, intensamente o hoje, mesmo na apatia.

Obs.: "Será Fernanda?" blog muito bonito, por sinal... =)

Um comentário:

Inaê disse...

O que fazer, o que fazer...