A vida em reviravolta traz o
mesmo. O mesmo que sempre esqueço. O mesmo que sempre vejo, mas nego. Nego, como
quem negocia, vende, troca. O mesmo que deseja ser o novo. O “novo”, enquanto
termo mesmo.
Infância, escolhas, medos,
mentiras, coragens, pesadelos, pesares, amores. Amores encontrados. Amores que
passaram. Amores que ao passarem permaneceram e permanecem. Amores lícitos e
imaginários. Lícitos que são inventados e imaginários realizados. Amores cheios
de realidade. Cheios, como não mais suportando. Amores pouco levados.
Amores pesos, amores alívios, amores livros, amores rasos, amores cores, amores
amados, amores misturados, amores vindouros, amores retratos. Frutos de paixões antecipadas. Filhos de uma mãe
estéril e eternamente grávida. Filhos de uma mãe, que enluarada, perdia-se
entre uma gestação e outra.
Desaprendendo aprendizados sigo
acordando para alguns erros.
Para as verdades a-dor-meço.
"O mundo exterior cessa de existir, mas abrem-se à exploração novos mundos fantásticos e ainda mal suspeitados. O poeta não vê com os olhos, mas apesar dos olhos." (HOLANDA, Sérgio B. de)
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