quarta-feira, 1 de junho de 2011

do resto

À minha colega de trabalho Aninha
por tudo o que nos resta!

O resto
de tão imprestável
ficou pra depois
do depois
que depois de amanhã será
pois.

de tanto nada fazer
de tanto nada dizer
passou a querer
o depois
porque depois do depois
o resto
pois
existe...

e as coisas que ele faz
se é que isso existe
são apenas "prós" e "poréns"
mais além, são registros.

o resto é o resto de toda a contradição
o resto é o resto do resto da feira no final do mês
o resto do resto é o culpado da vez
o resto de tão distinto e indigesto
se desfez
o resto é o resto do que nunca ele fez.

ao resto toda a fulga!
aos restos, fadigas
sem contrapartidas
sem justa medida...
eis o resto: um freguês!

ao que reste "ad infinitum", amém.

Nenhum comentário: