E de repente, ter esperança, parecia uma missão impossível. Ela, descrendo das soluções coletivas, apegava-se agora à crenças ingênuas. Sua individualidade escondia-se até mesmo da necessidade que ela tinha de pelo menos desfrutar de uma companhia por vez. Eis a crença: não estar só. Eis a ingenuidade: estar.
E nessas linhas seguiam verbos, transitos, transeuntes, chuvas, acasos, poesias, nostalgias, elegias, vazios, lembranças, andanças, prosopopéias e imaginações.
E a coisa que ela mais sentia era a sanidade mental que a sensação de acreditar proporcionava.
Um comentário:
Entrevista com Clarice Lispector:
"- O adulto é sempre solitário?
O adulto é triste e solitário.
- E a criança?
A criança tem a fantasia solta..."
Creio que somos adultos que não deixam de ser crianças para suportar viver!
Creio.
Cheiro pra tu!
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