quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

através do universo

o bom do dia, a bem da verdade, não seria a luz, mas a cor
e eu sei “de cor” todos os segredos, não acontecidos, não intencionados, não comensurados, mas febris
nada sei da dor
pouco sei da lida
não sei fazer promessas, nunca fiz
mas posso dizer sobre a flor
do cheiro
da espessura
da pétala
do tamanho
das folhas
do giro e do sol
pois o caminheiro, daquela caminhada, me contou que na beleza da noite ela me sorriu
ele viu
e me permitiu conceder, do abraço, a poesia, não aquela que se escreve, mas a que se observe
esquina após esquina ele me garantiu, que daquela noite àquele dia, minhas pernas me seguiam e eu não haveria de me deixar tentar pela contradição
eu fui na contramão da minha inspiração mais cretina
fui para ver a menina através do universo
e vi
e verso.

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