quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Ode aos infernos e ao poeta (por Mardonio França)


Posto essa para um certo poeta-desconhecido e sempre visto pelas ruas e becos do Benfica. O assunto das mesas de todos os bares por onde passei nessa noite triste. É um poema de um amigo dele que eu re-ofereço com a cara de pau mais lavada que ele merecer... Para ele que de tão ele deu cabo da vida, deu cabo das dores, deu cabo do mundo: viveu! Salve o poeta! Salve a poesia...


Ode aos infernos e ao poeta
(Mardonio frança)


para Marcelo Bittencourt

" A tristeza cai nesta 4a feira, que parece 4a feira de cinzas
o poeta, louco, rasputim nos deixa mais triste. "

a primeira vez que conheci o poeta
ele me trouxe a alegria das crianças
e as travessuras de quem, já nascido, trazia a poesia.

uma poesia desnuda, brincante, forte e suja
nossa vida vida vida como um anjo perdido
a vida vida lama suja, ah! essa fada ! ah! essa safada!

ele salta e com peter parker vence guaramilombras
salta e não tem jeito, escapa, mas as pedras estão no caminho
de todos os jeitos e medos.

ele, vai rigoroso, puto, solto
como um vulcão cheio de olhos

ele, vai assustador, e palhaço, alado
fica rindo de todos
que agora fazem uma missa
para aquele, que agora, estaria fudendo para missa,
porra de missa!
porra de santa!
eu quero é bacana!
eu quero é comer essa ana!
eu quero é comer esse menino!

segue!
essa tamanha safada!

amada!
assada!
alada!

vou tomar uma cerveja, pra esse santo sátiro.

salve a poesia, essa alucina.
salve.

"estou muito triste."

att

mardoniofrança

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