domingo, 17 de outubro de 2010

O desejo

(...)

Conforto alucinante, tranquilidade na clareira do caos. O ponteiro, ele rodou mais rápido no mesmo relógio de ontem. O que as horas guardam nos espaços do contra-tempo? A mulher? Mulheres sombras bonitas e o sol dos desejos dos tios e dos avós. Muitas crianças bonitas chorando. E o desejo, o desejo, os desejos erros, e o desejo, o desejo, o desejo meigo. O desejo é um tempo parado. É quando se trocam as datas dos bichos e das flores. É quando aumenta a rachadura da velha parede. É quando se vira a folha, a folha da história. É quando se pinta um fio branco na cabeleira preta. É quando se endurece o rastro de sorriso no canto dos olhos. Eu sei que a viagem é longa. A voz vai e vem. Você ta aí? Você ta aí? Ei, voce est aí?

Vontade de abraçar o infinito...

(Otto & Lirinha)

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