"Eram uns olhos cor de fumaça (...); vinham deles, certas horas, uma sensação de festa no mundo, dava uma vontade de cantar, de dançar, de rir um riso doido e feliz, mas vinha deles também, quando olhava quando quem nos põe a culpa pelo que de ruim acontecia a ela, pelo que pudesse estar sofrendo, vinha deles a dor do mundo, um grito em silêncio pelos pobres da terra (...)"
(DRUMMOND, Roberto. Hilda Furacão, p. 129)
Não pude me furtar de colocar aqui essa citação... e tenho até a imagem ideal para ilustrá-la (roubei durante um surto de curiosidade malina), mas disso me furtarei, pois não tenho autorização da “dona dos olhos” para postar, e, mesmo se tivesse, não sei se postaria sob o risco de desnudar meu querido ego por aqui. Por hora desnudo apenas minhas intenções; os meus suspiros ficam por conta do silêncio que me habita nesse instante.
Devorar palavras e digerir digressões.
P.S.: Ah! Essas pessoas que olham com riso de vontade e riem com olhos cor de fumaça... haja inspiração pra tanta ausência, haja coração pra tanto abismo! SIM, hoje eu já não sei se o nosso tempo nos espera.
3 comentários:
Tá me dando vontade de ler esse livro...
acho que em mim também..
Haja furacões pra tanta fumaça, tantos olhos, tantos suspiros, tanta espera! :)
Haja noites, e haja dias..
dias e noites!
Essas palavras estão a sua cara!
Li, mas senti você com seus olhos de fumaça falando pra mim aqui do ladinho com sua voz de capitu...
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