quinta-feira, 8 de julho de 2010

"Olhos cor de fumaça"



"Eram uns olhos cor de fumaça (...); vinham deles, certas horas, uma sensação de festa no mundo, dava uma vontade de cantar, de dançar, de rir um riso doido e feliz, mas vinha deles também, quando olhava quando quem nos põe a culpa pelo que de ruim acontecia a ela, pelo que pudesse estar sofrendo, vinha deles a dor do mundo, um grito em silêncio pelos pobres da terra (...)"

(DRUMMOND, Roberto. Hilda Furacão, p. 129)

Não pude me furtar de colocar aqui essa citação... e tenho até a imagem ideal para ilustrá-la (roubei durante um surto de curiosidade malina), mas disso me furtarei, pois não tenho autorização da “dona dos olhos” para postar, e, mesmo se tivesse, não sei se postaria sob o risco de desnudar meu querido ego por aqui. Por hora desnudo apenas minhas intenções; os meus suspiros ficam por conta do silêncio que me habita nesse instante.

Devorar palavras e digerir digressões.

P.S.: Ah! Essas pessoas que olham com riso de vontade e riem com olhos cor de fumaça... haja inspiração pra tanta ausência, haja coração pra tanto abismo! SIM, hoje eu já não sei se o nosso tempo nos espera.

3 comentários:

Sue Barroso disse...

Tá me dando vontade de ler esse livro...

aL disse...

acho que em mim também..

Haja furacões pra tanta fumaça, tantos olhos, tantos suspiros, tanta espera! :)

Haja noites, e haja dias..
dias e noites!

Inaê disse...

Essas palavras estão a sua cara!
Li, mas senti você com seus olhos de fumaça falando pra mim aqui do ladinho com sua voz de capitu...