quarta-feira, 27 de agosto de 2008

=> Sobre ler e escrever (I)

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Escreveu, não leu...

A importância da leitura é inviolável, diria mais: é imprescindível! Para quem pretende atuar na área do conhecimento, da pesquisa, e de outras especiarias mais. Assim como para quem gosta de manter-se informado, ou sente-se obrigado por algum motivo, e por aí vai...

Quem escreveu a leitura primeira? Teria sido Deus? Essa hipótese não vale para ateus. Bem, sei que de fato escrever vai além da reprodução das diversas leituras feitas ao longo da vida. É um exercício, e na melhor das hipóteses requer criatividade ou o que alguns chamam de inspiração.

E a leitura? Como vincular o ato de ler ao de escrever? Gostar de ler não é "senso comum", é hábito, e diria até que, em um país com o histórico de educação como o nosso, é um hábito dos mais refinados e raros. Não se trata apenas de ler, é preciso apreender, captar, incorporar o que foi lido para que na hora precisa, o que ficou da leitura bem feita, possa fluir em comunhão com as nossas experiências e idéias, e assim enfim tenhamos um conteúdo escrito digno de outras leituras.

Isso não é regra, nem é lei. Mas penso que a leitura e a escrita estão tão intimamente ligadas, quanto o ato de correr e ficar em pé. Você pode ficar em pé e parado, mas não dá para correr, de fato, sentado ou deitado. O mesmo acontece com a escrita e a leitura, você pode ler e não escrever sobre o que foi lido, mas você não pode escrever sobre algo sem antes ter uma boa base de leitura sobre o assunto abordado. Pode até ser que alguém diga que correu sentado em algum momento, mas é sabido que o verbo correr aí adquire características e sentidos que não são comuns ao ato de correr propriamente. Pode acontecer também de alguém escrever algo sobre o que nunca leu, logo, o risco de cometer equívocos, seja de conteúdo, forma e até mesmo de criatividade é bem mais provável.


Ediane Soares
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