terça-feira, 29 de maio de 2007

Epitáfio e Novo Parto

Tropeço no meu calcanhar pra frente.
E esqueço o que me disseram sobre o que é sofrer.
Invento minha dor...
E agora espero que o meu carrasco escute meu conceito:
- A dor que arde no meu peito agora é mais que dor... é a dança clássica sem fundo musical... é a poesia vazia... é o simples acaso da paixão...
O que eu temia me rodeia, o vazio do nada!
Rodeia, por isso me incomoda. Porque não invade... não arregaça o meu exagero de sentido.
Preciso mais uma vez ter calma, ter alma... paciência pra fingir que entendi... paciência para libertar... paciência pra não se sentir impotente!
Hoje é o dia de chorar! Hoje é o momento de aprender, que somos passantes... e que a fantasia é só fantasia!
Que a gente mente pro mundo eu já sabia... mas o pior é que eu sempre sei o quanto tenho mentido pra mim...
O tempo todo... de fora pra dentro... construindo uma bomba atômica de sentimentos!
Mesmo assim... seria capaz de fugir com o teu circo...
Mesmo que fosse pra seguir a platéia.
Mesmo que fosse no pensamento...
Mesmo que depois eu não quisesse mais.
Estou matando “Deuses”...
Estou criando forças... estou congelando o que ainda é latente: a sina!
Estou amando intensamente o que estou me tornando, mas todo amor causa um pouco de dor, na proporção que se intensifica!
Hoje, amo a mulher que desejo ser... mas paralelo a isso tenho um ódio mascarado do pouco que ainda sou.
Olha pra mim... sou a promessa que nunca fiz a ninguém!
Sou a promessa de mim...
Estou tornando-me quem eu sou!
Estou sentindo muito, meu epitáfio e o meu novo parto!



Ediane...

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