domingo, 27 de junho de 2010

Do incontido "conTudo"




Querida,

Sabe do tempo da cor
Que espelhou no incolor o incontido?

Sabe do medo do enredo de um samba escolhido?
(à dedos, no escuro de embriagados laços)

Sabe do "ido" da rima ao ouvido, do segredo ao sabor do umbigo, mulher?

Sabe Van Gogh, Diderot, Chateaubriand, Xangô
Nelson Gonçalves, Diana, Divina (a comédia de Dante), uva ou figo?

Tudo flui... ininterruptamente... e em tudo influi o teu cheiro auSente...

- Essa preguiça nos teus olhos é a inércia pura que os meus poros querem ter
E querem passar... e querem ficar... e querem vagar... concluir... tranSitar...

- Num passado bem recente, quando eu pensava que o tempo
Dilatava seus encontros nas promessas sem contrato que eu fazia
Era quando minh'alma já te amava e o meu corpo sem sentido intentava
Uma bossa qualquer, uma canção vadia.

No entanto
ConTudo
(e Eu duvido)

Quando o tempo desses dias que virão se esgotar (eu já sei)
Tua forma serena (confusa e ingênua) não será mais capaz de abrigar (eu senti)
E essa maldita saudade por antecipação (coisa de quem não se desprende aos pouquinhos)
Entre tantos outros "inhos" vai doer.









- Toda prévia ruptura antecedente de vazios adjacentes
É abuso de poder.













(e o cheiro que ficou no meu brinco vai passar...
como no brinco de pular de corda e de jogar pião já passou).


Um comentário:

Freire.... disse...

o tempo passou...
ele passa...

* mas o futuro (a)guarda promessas.

;*