domingo, 25 de abril de 2010

O noturno do Fagner e o solipsismo dos dias que se seguem...

Ouvi essa música hoje e viajei... fui longe. Lembrei de tantos momentos. Tô meio saudosista, e pra completar encontrei uma ex-colega de trabalho que não via há muito tempo... aí foi que uma certa nostalgia bateu. Engraçado isso, meio louca essa coisa das relações em trânsito que a gente vai tecendo e deixando para trás.

Essa música retrata também um pouco da ironia que é lembrar o passado, as pessoas, os lugares, as emoções e se vê na atualidade: certo solipsismo, “ensimesmamento”, reclusão...

Lá vai, Fagner pra gente pensar-sentir de "cunforça" nesse finalzinho de domingo:


Noturno
(Raimundo Fagner)

O aço dos meus olhos
E o fel das minhas palavras
Acalmaram meu silêncio
Mas deixaram suas marcas...
Se hoje sou deserto
É que eu não sabia
Que as flores com o tempo
Perdem a força
E a ventania
Vem mais forte...
Hoje só acredito
No pulsar das minhas veias
E aquela luz que havia
Em cada ponto de partida
Há muito me deixou
Há muito me deixou...
Ai, Coração alado
Desfolharei meus olhos
Nesse escuro véu
Não acredito mais
No fogo ingênuo, da paixão
São tantas ilusões
Perdidas na lembrança...
Nessa estrada
Só quem pode me seguir
Sou eu!
Sou eu! Sou eu!...



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